De origem européia, a literatura de cordel é hoje uma das mais importantes manifestações da literatura popular brasileira. A literatura de cordel está presente em todo o Brasil, mas é no nordeste que mostra sua força e é lá que se desenvolveu da forma que conhecemos atualmente.
Surgiu na Península Ibérica e veio para o Brasil em meados do século XIX. Recebeu esta nomenclatura porque em Portugal os folhetos eram expostos para a venda em barbantes ou cordões: daí o termo “literatura de cordel”.
A “porta de entrada” da literatura de cordel no território nacional foi o Estado do Ceará e ganhou destaque, principalmente, no município de Juazeiro do Norte. Posteriormente, espalhou-se pelo nordeste brasileiro.
Caracteriza-se pela diversidade de assuntos que aborda, versando sobre temas políticos, sociais, fatos cotidianos, saúde, educação e, logicamente, sobre cultura popular e histórias fantasiosas e/ou folclóricas.
Mas não é apenas por meio das palavras que o cordel transmite sua mensagem. A ilustração ocupa um lugar de destaque nos folhetos: é o seu “cartão de visitas”, ou melhor, introduz o leitor na história que será contada no decorrer das páginas. Os folhetos de cordel são ilustrados com a técnica da xilogravura que se tornou marca registrada dessas obras.
Folheto de Rodolfo Coelho Cavalcante com xilogravura de Minelvino Francisco da Silva. Fonte: Cordel na rede
Já conhecemos a origem do cordel. Mas este tipo de literatura está presente nas bibliotecas? Principalmente nas bibliotecas públicas?
Dentre as bibliotecas públicas de São Paulo que possuem literatura de cordel em seus acervos, destacamos a Casas das Rosas e a Biblioteca de São Paulo.
A Dama das Camélias, clássico do Romantismo francês, recriado em cordel por Evaristo Geraldo.
Fonte: Cordel na rede
Fonte: Cordel na rede
Como pudermos perceber são poucas bibliotecas que possuem em seu acervo a literatura de cordel, o que é uma pena. Os folhetos são uma excelente fonte de informação que deve ter uma disseminação maior, tanto por parte das bibliotecas quanto em seu trabalho em sala de aula, pois tem uma linguagem acessível e de fácil entendimento.
Aproveitem, façam uma visita a algumas dessas bibliotecas e conheçam melhor a literatura de cordel!
Biblioteca de São Paulo
Parque da Juventude
Avenida Cruzeiro do Sul, 2630
Santana São Paulo, SP
Tel: 2089-0800
Avenida Cruzeiro do Sul, 2630
Santana São Paulo, SP
Tel: 2089-0800
Casa das Rosas
Av. Paulista, 37 - Bela Vista
CEP.: 01311-902 - São Paulo, SP
Tel: 3285.6986 / 3288.9447
contato.cr@poiesis.org.br
Fonte:
Este post é uma adaptação do projeto de pesquisa “Literatura de cordel como fonte de informação” dos alunos do 7º semestre de Biblioteconomia e Ciência da Informação Carolina Martins Tenório, Cleiton Garcia Barbosa e Regiane Alves de Assis.
Olá meninas,
ResponderExcluirCantei muito uma cantiga quando era pequena, e só fui descobrir que era sobre Lampião na escola.
Levanta Maria Bonita, levanta vai fazer o café
Que o dia já vem raiando e a polícia já está de pé.
Beijos
É uma pena que a gente tenha tão pouco contato com esse tipo de literatura. Bom saber quais são as bibliotecas de São Paulo que têm exemplares no acervo.
ResponderExcluirSerá que há alguma biblioteca digital/virtual com Literatura de Cordel?
Olá Luana!
ResponderExcluirAlgumas instituições como a Fundação Joaquim Nabuco e a Fundação Casa de Rui Barbosa trabalham com a digitalização de cordéis, porém, estes não são disponibilizados. Provavelmente por conta de direitos autorais. Mas quem sabe um dia!
Obrigada pelo comentário!
Olá meninas! Quando trabalhei numa biblioteca pública, tive contato com a literatura de cordel, porém, eu não conhecia estes materiais e por pura ignorância eu achava que eram apenas folhetos... eles não tinham o tratamento adequado no acervo, pois sabemos como é a estrutura de certas bibliotecas, o que é lamentável!!! Infelizmente eu já não faço mais parte da biblioteca, e nem sei se ela ainda existe, mas agora sei o quão importante é o Cordel, uma parte da nossa riquíssima e diversificada cultura brasileira
ResponderExcluirOlá Helô!
ResponderExcluirObrigada por prestigiar nosso blog! É verdade... Nem sempre a literatura de cordel recebe o merecido destaque e tratamento adequado nas bibliotecas. E o resultado é a falta de divulgação desta literatura tão rica e diversa em seus temas. Quando disse que gostaria de fazer meu TCC sobre literatura de cordel fui questionada: "O que o cordel tem a ver com biblioteca?". Respondi com uma questão: "O que a literatura dita erudita tem a ver com biblioteca?". Em um acervo democrático, acredito eu, existe espaço para todos; desde o popular até o erudito.
Forte abraço e continue curtindo o blog!
Pois é Regiane, acho que o grande problema é valorizarmos demais a cultura elitista e esquecermos que biblioteca pública é local de todos. No blog desenvolvido pelo meu grupo falamos sobre Sarau, uma manifestação cultural considerada da periferia, que também não tem a divulgação e o reconhecimento que merece!
ResponderExcluirParabéns a vocês, o blog está demais!!!!
eu adorei
ResponderExcluiradoro cordel principalmente aqueles q transmite informações aos leitores vou dar um exemplo de cordel q eu mesma criei:
ResponderExcluirJuntos contra a dengue
Vamos falar de um assunto
Que é mesmo muito importante
Temos que ser rapidinhos
Não perder nenhum instante
Pois na guerra contra a dengue
Nunca se faz o bastante
Os ovinhos do mosquito
Você pode encontrar
Bem ali no seu quintal
Em tudo quanto é lugar
Basta que tenha lixinho
Que água possa acumular
Pneus velhos e garrafas
Se não forem bem guardados
Servirão de criadouros
Dos mosquitinhos danados
Que uma já sendo picando
Já deixa-nos adoentados
Seja em casa ou na escola
Temos que tomar cuidado
Pois nos vasos das plantinhas
Deve ser depositado
No lugar da água areia
Que dá melhor resultado
Avisemos aos papais
Para em casa procurar
Limpar muito bem as calhas
E as caixas d’água lavar
Nessa luta contra a dengue
Todos devem ajudar
Façam sua parte
Chamando seus visinhos
Porque aqui
A dengue não depositara
Seus ovinhos
cordel é uma cultura do nordeste
ResponderExcluirque é penduradas em barbantes ex: contos populares